-"Estou de fora por embirração e não por opção do treinador"
Ricardo Aires, central de 29 anos, há seis anos que representa o Atlético, sendo na últimas temporadas um dos maiores esteios do emblema alcantarense. Todavia, esta época tudo se tem passado de forma diferente e, nas últimas seis jornadas, não tem marcado presença entre os titulares do conjunto orientado por Carlos Manuel, sendo que nas últimas três nem convocado foi.
A sua ausência tem motivado algumas interrogações no seio da massa associativa do Atlético, mas Ricardo Aires esclarece: “Não tenho sido titular e, ultimamente, nem convocado sou, não por opção do técnico, pois nesse caso eu entendia, mas por embirração”. E passa a explicar: “Tudo começou quando não fui convocado para o jogo no terreno do Juv. Évora (6.ª jornada). Na sexta-feira anterior à realização do encontro, o Carlos Manuel perguntou aos jogadores, quem se sentia cansado, e eu disse que estava um pouco fatigado, algo em que ele não acreditou. Na semana que se seguiu ao jogo de Évora apresentei-me visivelmente triste com o facto e ele perguntou diante de todo o grupo de trabalho se eu estava aborrecido. Como a resposta foi afirmativa, ele disse-me que eu havia inventado a história do cansaço no treino de sexta-feira. Então eu, que ao longo destes anos ao serviço do Atlético nunca faltei a uma sessão, jurei-lhe pela saúde da minha filha que não havia inventado nada”.Ricardo Aires, central de 29 anos, há seis anos que representa o Atlético, sendo na últimas temporadas um dos maiores esteios do emblema alcantarense. Todavia, esta época tudo se tem passado de forma diferente e, nas últimas seis jornadas, não tem marcado presença entre os titulares do conjunto orientado por Carlos Manuel, sendo que nas últimas três nem convocado foi.
-Acidente a caminho de Queluz devolve titularidade
No jogo seguinte a turma alcantarense jogava em Queluz diante do Real e Ricardo Aires voltou a não ser convocado; ainda assim foi ver o encontro. Todavia, na viagem para Queluz, a carrinha do clube viu-se envolvida num acidente e o central Rolão ficou maltratado. “O Carlos Manuel pediu-me para jogar no lugar do Rolão, ao que eu acedi, pois acima de tudo sou um profissional”, relata o jogador.
Nos encontros que se seguiram, Ricardo Aires foi sempre titular até há seis jogos atrás, algo que coincidiu com a abertura do mercado e a chegada de novos jogadores ao clube. “O treinador só estava à espera disso para me pôr de lado”, afirma, acrescentando: “Sou um dos três capitães e o mais triste, neste momento, é que ele só pede a opinião dos outros dois capitães, ao Rolão e ao Simões, ignorando-me completamente, pois nem uma palavra me dirige”.
-Convite do Olivais e Moscavide
Ricardo Aires aproveitou ainda a reabertura do mercado de transferências para fazer sentir aos responsáveis o seu desagrado perante a situação, manifestando interesse em sair. “No último dia do prazo de transferências, o treinador do Ol. Moscavide manifestou interesse em que eu fosse para lá, mas Almeida Antunes não deixou, alegando que os sócios não iriam compreender. Não fiquei melindrado perante esse argumento, pois a última coisa que quero é prejudicar o Atlético”, revelou. Eleito na época transacta, pelos adeptos, o melhor jogador da equipa, Ricardo Aires conclui: “por tudo o que tenho dado ao clube sinto-me triste, pois merecia mais respeito”.