ATLÉTICO-2 LUSITÂNIA-0Um jogo mal disputado, cheio de oportunidades não aproveitadas pelo Atlético, valeram os 3 preciosos pontos...
Os jogadores do Atlético entraram em campo mentalizados de que o jogo não iria ser muito complicado. De facto, o Lusitânia mostrou uma fraca organização mas raramente foi aproveitada pela nossa equipa, que também apresentava um jogo displicente, com muitos passes falhados.
O jogo foi, praticamente, todo controlado pelo Atlético e logo aos 10 minutos, Pedro Simões novamente adaptado a central, fez um excelente passe longo que isolou Capuco, este perante a pressão dos defesas açorianos, tentou o remate, mas mal direccionado. (Esta história viria-se a repetir várias vezes...)
Aos 27 minutos da primeira parte, o golo... bem anulado por Paulo Filipe: Um canto cedido pelo guarda-redes dos açorianos a um remate de Simões, em que Torres centrou para a pequena-área onde apareceu Pedro Simões a tentar ele, a "mão de Deus" ao estilo de Diego Maradona, mas desta vez o árbitro estava atento e ainda lhe mostrou a cartolina amarela...
O golo estava à espreita, o Lusitânia não saía do seu meio-campo apesar do Atlético não mostrar muita raça no seu sector mais ofensivo e novamente de pontapé de canto, o primeiro golo (legítimo) da tarde. Canto de Carlos Alves, em que Pedro Simões intercepta, desviando a bola para o poste e na recarga o capitão Simões a enviar o esférico para o fundo das redes. Estava feito o 1-0 que dava mais tranquilidade à nossa equipa e obrigava agora o Lusitânia a abrir mais o jogo, caso quisesse lutar pelo resultado. Como isso não se verificou, o 1-0, com naturalidade, não se alterou até ao fim da primeira parte do encontro.
Após a palestra de intervalo de Carlos Manuel, a nossa equipa entrou determinada a ampliar a vantagem e resolver o jogo o mais cedo possível, visto a passividade dos homens do Lusitânia.
E passados, pouco mais de 5 minutos da primeira parte, o primeiro sinal de perigo para o lado do Atlético. Bruno Santos, o jovem emprestado pelo Est. Amadora, que se estreou como titular, viu depois de um centro de Zezinando, a bola ser interceptada pela cabeça de um defesa adversário e ainda sem tocar no chão executou um pontapé acrobático à entrada da área mas a bola saiu um pouco ao lado do ângulo esquerdo da baliza.
Até faltarem 25 minutos para o final da partida, pouco houve de interesse, apesar de o Lusitânia ter concretizado alguns contra-ataques que nunca constituíram perigo para a nossa baliza, (bem) defendida hoje por Ricardo Janota, outro estreante na titularidade, devido à ausência de Leão por castigo.
Aos 67 minutos, o momento que matou o jogo. Duarte coloca a mão na bola dentro da sua grande-área o que lhe valeu o cartão amarelo e a bola na marca do castigo máximo. Chamado a converter Pedro Simões, rematou com força e alterou novamente o nosso marcador manual para 2-0! Os 3 pontos estavam praticamente garantidos, mas a exibição não estava a orgulhar ninguém.
Até final do jogo, a história continuava mais do mesmo. O Atlético atacava, o Lusitânia não tinha capacidades para criar perigo mas a nossa pontaria estava tão desafinada, que nem as muitas oportunidades que tiveram até final do jogo, chegaram para marcar mais um golo. Principalmente, para Capuco que teve nos pés a maior parte delas e nunca as conseguiu concretizar.
Apesar de haver muito para rever, conquistámos estes 3 importantes pontos e voltámos novamente para os lugares que dão acesso ao play-off de subida de divisão.
No Estádio da Tapadinha, alinharam:
ATLÉTICO: Ricardo Janota; Torres, Pedro Simões, Rolão e Carlos Alves; Simões, Zezinando (Sérgio Marquês, 61'), Bruno Santos (Lapinha, 54') e Hugo Gonçalves; Sandro (David Nunez, 72') e Capuco
TREINADOR: Carlos Manuel
LUSITÂNIA: David; Dário (Ivo, 72'), Piguita, Duarte e Camacho (Heitor, 47'); Fábio, Alex, João (Boubacar, 68') e Cristiano; Vítor Vieira e Queirós
TREINADOR: Manuel da Costa
Marcadores: Simões (32') e Pedro Simões (67' de g.p.)
Disciplina: Pedro Simões, Rolão e Sérgio Marquês (Atlético); Cristiano e Duarte (Lusitânia).
Melhor do Atlético: Pedro Simões, adaptado a defesa-central fez um jogo bastante seguro, com várias recuperações de bolas, algumas assistências e um golo.
Melhor do Lusitânia: Vítor Vieira, o mais "mexido" no ataque açoriano, procurou as bolas perdidas para as transformar em jogadas mais complicadas, apesar de não ter tido muita sorte...
