ATLÉTICO -2 ALJUSTRELENSE -2Antes da partida, não nos podíamos esquecer que o Atlético já partiu em vantagem, pelo menos com mais 3 dias de descanso que o "Mineiro", que se tinha deslocado na 4ª feira ao complicado recinto do Ol. Moscavide conseguindo um empate a 1 bola.
Mas o jogo até nem tinha começado mal, o Atlético entrou com vontade de marcar cedo e assim o fez... Passavam poucos minutos do quarto-de-hora de jogo quando João Martins, num livre bastante descaído para a esquerda, tenta cruzar para o coração da área à espera de algum desvio, mas mal batida a falta vê-se Joel Elias a deixar-se cair na área reclamando falta do defesa mineiro, a defesa parou para ver a decisão do arbitro e quando "voltaram" ao jogo apenas viram a bola a sobrevoar lentamente o guarda-redes João Candeias já batido... Que peru de Natal!
As coisas pareciam estar bem encaminhadas e depois da vitória da semana passada, a confiança estava no auge. Talvez tenha sido esse o problema, já que apenas 6 minutos depois do primeiro golo da tarde, o Aljustrelense empatava através de um grande remate colocado fora da área de Pedro Alves... 1-1 era o resultado aos 24 minutos da partida. Na primeira ocasião que os forasteiros tiveram, não desperdiçaram.
O golo parecia fortuito, portanto não haveria razão para desmoralizar e foi isso que se sucedeu... O jogo continuou na mão do Atlético, mas a pouca agressividade no ataque não parecia oferecer perigos de maior à defesa adversária.
Até que... aos 39 minutos de jogo, Torres em mais um bom trabalho da direita, ganha espaço para o cruzamento, onde aparece Tuga com um toque subtil com o joelho desvia a bola para a baliza, Candeias com uma defesa de instinto desvia a bola para o lado, onde estava precisamente Bruno Carlos a empurrar a bola para o fundo das redes! Voltava o Atlético a ganhar vantagem no marcador.
Ainda antes do intervalo, um dos lances que só demonstrou a incompetência dos elementos de arbitragem... um cruzamento a meia-altura da esquerda do ataque do Atlético e Tonico dentro da grande-área põe o braço na bola, evitando que a mesma segui-se para a baliza. Um penalti que por mais mal colocado que o arbitro tivesse não podia ter duvidas de assinalar, já que o movimento do braço do jogador demonstrou claramente a intenção de interromper a trajectória da bola. Enfim, este sr. Resende já tinha dado sinais de alguma inexperiência (para não dizer incompetência), mas são estes lances que muitas vezes resolvem partidas.
Acabava pouco depois o primeiro tempo, com o Atlético aparentemente com a partida na mão, se continuasse assim o rumo dos acontecimentos.
A segunda parte começava logo com um ataque do Atlético, mas... a estrelinha estava do lado dos mineiros que no contra-ataque a essa ameaça do Atlético, marcou mais um golo, o golo do empate. Na 2ª ou 3ª ocasião do jogo todo, o Aljustrelense marcava o 2º. E as coisas começaram a azedar...
O Atlético foi-se bastante abaixo nesta 2ª parte, a equipa demonstrou pouca garra e as coisas não estavam a sair bem. O Aljustrelense lá continuou a defender como podia, sempre a apostar no contra-ataque, procurava pelo menos aguentar a bola o mais longe da sua área possível.
E então entra novamente o protagonista da partida, já perto da hora de jogo: o Sr. António Resende voltou a fechar os olhos a uma grande penalidade que ficou por marcar, novamente uma mão intencional na bola desviou um remate que parecia inofensivo...
Por estas e por outras, o Atlético estava cada vez mais nervoso, tinha argumentos para esta equipa adversária mas não estava a ser capaz de criar um lance de golo iminente.
Entretanto, o Aljustrel lá ia avisando que os contra-ataques podiam levar veneno e uma desatenção defensiva poderia sair muito caro.
A lenga-lenga manteve-se até que... novo livre para João Martins executar, desta vez mais próximo da área e mais para a zona central.. Era uma grande ocasião para voltar à frente do marcador e João Martins ainda fez o seu 2º golo do jogo, mas o Sr. fiscal-de-linha não queria deixar o protagonismo todo para o árbitro principal e marcou um fora-de-jogo que só ele viu, anulando assim o golo que nos daria novamente vantagem no marcador. Isto já era demais...
O Atlético lá continuou a sua tentativa de encontrar o 3º golo, mas tardava em aparecer. A defesa alentejana tinha tudo controlado, já que o nosso ataque esteve bastante apagado nesta partida. as ocasiões de golo nesta 2ª parte foram bastante escassas e as que tivemos foram vitimas da má arbitragem de domingo. Não somente por ser contra o Atlético, mas arbitragens deste calibre é uma pena para este espetáculo que é o futebol.
Sendo assim, a partida terminou com um sentimento de desilusão pelo facto de por duas vezes estarmos em vantagem e "deixarmos o pássaro voar" e pelo fraco futebol demonstrado pelas equipas nesta 2ª parte.
A competitividade nesta série continua, já poderíamos, talvez, estar na 4ª posição caso a justiça tivesse imperado, ainda há 8 jogos pela frente, mas por este andar só a 22ª jornada poderá ser decisiva. Vamos continuar a apoiar o Atlético, para a semana vingamo-nos em Moscavide!
No Estádio da Tapadinha, jogaram:
Árbitro: António Resende (AF Aveiro)
ATLÉTICO: Janota; Torres, Joel Elias, Rolão e Bruno Lucas; Simões, Tiago Rosa (Luis Leal, 61'). João Martins e Telmo (Serginho, 77'); Tuga e Bruno Carlos (Ivan, 69')
TREINADOR: António Pereira
ALJUSTRELENSE: João Candeias; Ricardo Oliveira, Nuno Alves, Tonico e Estebainha; Calu, Joao Prazeres (Jorginho, 79'), Duarte (José Araque, intervalo) e Rui Sousa; Filipe Venâncio e Pedro Alves (Nelson Raposo, 59')
TREINADOR: Francisco Fernandes
Marcadores: 1-0, João Martins (18'); 1-1, Pedro Alves (24'); 2-1, Bruno Carlos (39'); 2-2, Rui Sousa (48')
Disciplina: cartão amarelo para Simões e João Martins (Atlético); Venêncio, Rui Sousa, Calu, Nono Alves e Estebainha (Aljustrelense)
