ATLÉTICO -0 PINHALNOVENSE-2
Jogo "frio" na Tapadinha. Ganhou não a melhor equipa durante a partida, mas sim a equipa mais consistente e eficaz.A partida já se antevia complicada: o Pinhalnovense aposta forte na subida e vinha também de 4 bons resultados nas ultimas jornadas. A sua recente contratação: Diego Zaporo, ponta-de-lança que representava o Ol. Moscavide, muito tem contribuído para a classificação desta equipa, já que desde que entrou não falhou uma partida sem fazer um golo e quase todas decidiu a partida com os seus golos. Sendo que já leva 7 golos em apenas 4 jogos. Neste domingo, infelizmente, a história voltou-se a repetir...
O Atlético até entrou bem na partida, tentando cedo impor o seu futebol no meio-campo adversário, porém o Pinhalnovense acabou sempre por ter as situações defensivas controladas e cedo se percebeu que a palestra do seu mister para esta partida, era a mentalidade de contra-ataque.... Logo aos 10 minutos, no primeiro lance de perigo da partida: cruzamento da esquerda do ataque do Pinhalnovense e o inevitável Diego, em corrida com a pressão de um defesa, consegue com um toque subtil de ponta-de-lança desviar a bola para a baliza, tirando-a também do alcance de Janota.... Estava feito o primeiro golo da tarde e bem cedo. 1ª oportunidade, e o 1º golo.
Em busca do golo do empate, o Atlético naturalmente voltou a dominar a luta a meio campo. Telmo e Tuga tentavam abrir o jogo pelas alas, mas tal como João Martins, demonstravam alguma incapacidade para ultrapassar as "barreiras enormes" que iam aparecendo à sua frente, os defesas adversários e o médio-defensivo Gualter Bilro, que estiveram completamente impermeáveis a lances perigosos. Sempre com raça e até alguma agressividade limparam quase tudo que se atrevia a fazer perigo para a sua baliza... E "quase tudo" porque por 2 vezes que estivemos bem, bem perto do empate.
Primeiro Tuga, perto da meia hora de jogo surge livre de marcação na área, a bola chega até ele, mas Botelho que esteve espectacular acabou por anular o golo que esteve à vista. E já mais perto do intervalo foi a vez de Rolão num cabeceamento enviar a bola ao poste... Infelicidade para a equipa da casa, que nesta primeira parte teve perto dos 70% de posse de bola, mas ainda muito "suave" para uma equipa aguerrida como o Pinhalnovense. Equipa que apesar de apenas ter criado 2 ataques na primeira parte, dominava todas as operações defensivas e contava com o seu matador Diego para finalizar os seus contra-ataques.
Na segunda parte, o jogo foi ainda mais "frio", já que tivemos de esperar apenas por 5 minutos para ver o segundo golo do Pinhalnovense: Uma perda de bola a meio-campo e uma defesa algo desorganizada depois de uma assistência para Diego, deixaram-no chegar sozinho à área de Janota, imperdoável, rematou para o fundo das redes, fazendo assim o 2-0 aos 50 minutos de jogo.
Bem, com 2 golos em 3 ataques é, de facto, uma eficácia de louvar, mas certamente que havia uma ponta de sorte para a equipa forasteira. O resultado não correspondia, de todo, ao que se passava em campo, apesar do Pinhalnovense ter-se apresentado com elementos capazes de fazer a diferença em todos os sectores do campo, era o Atlético que praticava o futebol atacante e mais emotivo.
A perder 2-0, Toni lançou Ivan e Luis Leal, dois avançados em busca de pelo menos marcar um golo para relançar a partida... Mas o que é certo é que o Atlético apenas chegava à área com mais perigo, através de cruzamentos-balão para a área em busca de um cabeceamento, mas em todos eles surgia um defesa para limpar o lance. João Martins, médio construtor da equipa estava sempre bem marcado, sendo que foi um elemento que pouco conseguiu participar no jogo, o que se reflectiu muito, principalmente, no que se refere à assistência para os avançados.
Começou-se a sentir algum transtorno por parte dos jogadores do Atlético, nada estava a correr bem. O Atlético atacava, atacava como podia, mas... ou os defesas, ou o guarda-redes Botelho cortavam qualquer situação que pudesse ser embaraçosa.
David Mateus já perto do final, ainda teve a oportunidade nos pés de fazer o golo, depois de uma confusão na área, mas lá estava Botelho.
Resumindo, ganhou a equipa mais sólida da tarde. O Atlético apesar de ter a posse de bola e o meio-campo controlado, foi quase sempre inofensivo para a baliza adversária. Os dois golos resultaram de duas falhas defensivas algo infantis, e nos jogos desta dificuldade e desta importância são quase sempre cruciais. O Pinhalnovense sempre a defender com muitos elementos, raramente também se atreveu a sair a jogar, sendo que nos 94 minutos teve apenas 4 ataques, sendo que 2 deles foram os golos. Saiu-lhes tudo bem e apesar de ter apresentado pouco futebol, a verdade é que foram mais fortes tanto na defesa, como para a baliza.
O Atlético voltou a perder em casa, mas não é esta derrota frente ao 1º classificado que nos poderá desmotivar ou deixar de acreditar no nosso objectivo, que é rapidamente os 31 pontos que deverão ser suficientes para ficar nos 6 primeiros classificados. A tabela também pouco se alterou e mantemos a 5ª posição. Para a semana deslocamo-nos a Lagoa, onde temos fé novamente na boa campanha em jogos fora para quebrar a malapata com esta equipa algarvia, e assim, subir mais uma ou mesmo duas posições na série D.
Ficam a faltar apenas 5 partidas para o final da 1ª Fase. Vamos acreditar. Ainda tudo é possível!
No Estádio da Tapadinha, jogaram:
Árbitro: Marco Trombinhas (AF Beja)
ATLÉTICO: Ricardo Janota; Bruno Lucas (David Mateus, 53'), Rolão, Filipe Martins e Mauricio; Simões, André Mandeiro (Ivan, intervalo), João Martins e Telmo; Tuga e Bruno Carlos (Luis Leal, 42')
TREINADOR: Toni Pereira
PINHALNOVENSE: Botelho; Claudino, Divaldo, Gabriel e Toninho (João Peixoto, 69'); Gualter Bilro, Cao (Carlos Marques, 82'), Tomás e Ramon; Carlos Gomes e Diego (Amaro Filipe, 87')
TREINADOR: Joaquim Mendes
Marcadores: 0-1, por Diego (10'); 0-2, por Diego (48')
Disciplina: amarelo para Bruno Carlos (35'), Divaldo (43'), Toninho (65') e Ramon (73'). vermelho directo para Luis Leal (88')
