terça-feira, 15 de janeiro de 2008

À procura de talentos I


Esta é mais uma iniciativa que o Blog do Atlético tomou, em cada semana será apresentado um jogador preferencialmente da 2ª divisão, que seja considerado um talento e que todos gostaríamos que jogasse pelo nosso emblema.

Não podiamos começar da melhor maneira, ao apresentarmos o extremo que é nada mais, nada menos, o melhor marcador da Série D da II Divisão (onde o Atlético se encontra).

*Nome: Carlos André
*Nacionalidade: Portuguesa
*Idade: 25 anos
*Clube: Madalena

Passado o choque inicial da insularidade, o extremo-direito Carlos André assume-se como a principal figura do Madalena, liderando a tabela de goleadores da Série D da 2.ª Divisão com 11 golos.
O setubalense desembarcou na ilha do Pico há um ano e logo foi confrontado com uma realidade distinta.
“A princípio, a adaptação foi algo complicada até porque o campeonato tinha parado. Depois, a simpatia das pessoas que vivem na ilha ajudaram à adaptação. É um local lindíssimo. Porém, é muito diferente de Setúbal. Não existe cinema, por exemplo, o que nos deixa algo limitados na hora de descomprimir do futebol. Além do mais, estou longe da família, o que é sempre duro. Assim, passo o tempo livre na internet e ao telefone.”

O segredo para esta capacidade goleadora, apesar de não ser um típico jogador de área, é simples: “É trabalhar e cumprir com o que me é pedido. Depois, confio na bênção de Deus. Além do mais, o trabalho não é só meu. Também se deve ao valor dos meus companheiros, pois sem eles seria impossível.”

O salto para um clube da Liga é, entretanto, o grande objectivo deste avançado de 25 anos. “Como todos os jogadores de escalão inferior trabalho para um dia chegar lá. Esse é o sonho que persigo e espero consegui-lo em breve. Porém, neste momento, estou concentrado em ajudar o meu clube a atingir os objectivos propostos.”

Com 1,78 metros e 73 kg, Carlos André é o exemplo de que as aparências enganam. “Não sou nem muito alto nem forte e, por isso, à primeira vista não intimido os centrais. Mas como não dou as bolas como perdidas e estou sempre na luta, acabo por dar-lhes dores de cabeça”, dispara com uma gargalhada.

Texto retirado do Jornal "Record"