O resumo do jogo que se segue foi retirado do site Atlético Digital:
O primeiro sinal de perigo surgiu junto da baliza de Leão, com Carlos Alves a afastar para canto, por sinal o primeiro da partida... Estavam então decorridos 2 minutos. Os pontapés de canto multiplicaram-se nos minutos iniciais em benefício do Louletano, embora todos eles tenham sido controlados com menor ou maior dificuldade. Um exemplo deste último caso ocorreu aos 9 minutos, com Leão a socar a bola antes que esta encontrasse a cabeça de Dante.
O primeiro lance digno de registo junto da baliza algarvia ocorreu aos 12 minutos. Tudo começou em Carlos Alves, com um cruzamento tão largo que a todos nos pareceu que a bola iria sair pela linha de fundo... David Nunez discordou dessa opinião, e foi lá buscar, cruzando de imediato para Capuco. Este não acertou bem na bola, que acabou por sair ao lado. Fosse por motivos físicos (o atleta jogou com uma espécie de joalheira elástica), fosse pelo tempo (menos propício a requintes técnicos) ou simplesmente por estar em dia não (acontece...), Capuco não esteve hoje tão exuberante como em jornadas anteriores.
A primeira grande oportunidade de golo surgiria pouco depois... E logo para o Louletano! Resultou de uma falha de concentração da nossa defesa, que permitiu que a bola a sobrevoasse até chegar a Devigor. O algarvio progrediu e, perto da linha da grande área, encheu o pé... Levando a bola a passar por cima da barra.
Sensivelmente à passagem do quarto de hora, o Atlético conseguiu finalmente introduzir uma maior objectividade no seu futebol. O primeiro lance teve início na defesa algarvia, que ao pretender aliviar rematou contra Hugo Gonçalves, levando a bola a direccionar-se para o fundo das redes... Não fora a intervenção do guarda-redes Dadinho, afastando com uma vistosa estirada a bola para canto. Pouco depois foi a vez de Rolão surgir solto na área adversária, quiçá esquecido, a rematar forte mas por cima da barra. Finalmente, aos 27 minutos, na conclusão de uma bonita jogada de combinação envolvendo Capuco e David Nunez, Tiago Mota surgiu na área a rubricar um pontapé de bicicleta que levou a bola a entrar na baliza adversária... Lance esse que não foi validado pela equipa de arbitragem! E porquê? Houve quem dissesse ter sido assinalado fora-de-jogo, também houve quem mencionasse a possibilidade de jogo perigoso do nosso acrobático "atlético"... Mas na verdade, o que mais se ouviu foram as vozes de protesto contra um erro crasso da equipa de arbitragem.
A partir da meia hora de jogo, este começou a perder objectividade de parte a parte. Para tal foi determinante o dispositivo táctico do Louletano, assente num 4x2x3x1 que privilegiava a acção a meio-campo. Ao aproximar-se o intervalo, ambas as equipas resolveram então arriscar um pouco mais... Assim, após livre apontado por Carlos Alves, Rolão surgiu no coração da grande área a cabecear forte, mas com a bola a passar ao lado do poste esquerdo. Devigor e Caniggia também se entenderam bem, mas não contaram com a intromissão de Torres, oportuno no corte. O duelo entre Devigor e Torres viria a repetir-se na jogada seguinte, mas desta vez com vantagem para o algarvio... Que de cabeça assinou o golo para o Louletano, fazendo a bola entrar junto ao poste.
Na sua última cartada, Carlos Manuel fez então entrar Sandro para o lugar de Tiago Mota. Por instantes, vislumbrámos um Atlético capaz de enviar o Louletano às cordas! Mas foi sol de pouca dura, quiçá uma miragem... Que o diga Leão, já que aos 73 minutos teve de desfazer com os punhos o cruzamento de Devigor, antes que a bola chegasse à cabeça de Ricardo Costa. Pouco depois foi a vez de Hugo Gonçalves atrasar "à queima", com Leão a ter de pontapear para além da linha lateral, já que havia nas redondezas um algarvio certamente não muito bem intencionado! Aí, o nosso guarda-redes é bem capaz de ter pensado "com amigos destes..." :-).
Nos últimos minutos do tempo regulamentar, o melhor que o ataque alcantarense conseguiu produzir foram livres, que também não foram bem aproveitados. Durante o período de compensação, houve a registar um fora de jogo assinalado a Sandro, que nos deixou muitas dúvidas... Tão mais cruéis quanto o facto do nosso avançado estar em boa posição! Já na fase do tudo por tudo, a derradeira oportunidade de golo para o Atlético surgiu de... Leão! Sim, nem mais. Houve um livre, Leão saiu da sua área e aventurou-se no ataque. O cruzamento efectuado ia na direcção da sua cabeça, mas aí surgiu nas alturas Dadinho, a desfazer com os punhos. O jogo terminaria pouco depois. Em jeito de balanço, e pese embora a equipa de arbitragem ter tido algumas decisões que poderão ter sido polémicas, o facto é que temos de reconhecer que a Equipa não esteve ao seu melhor nível. .
No Estádio da Tapadinha, jogaram:
ATLÉTICO: Leão; Torres, Pedro Simões (Bruno Santos, 55'), Rolão e Carlos Alves; Simões, Tiago Mota (Sandro, 69'), Sérgio Marquês (Marçal, 60') e Hugo Gonçalves; David Nunez e Capuco.
TREINADOR: Carlos Manuel
LOULETANO: Dadinho; Dante, Moreno, Caniggia (Tonanha, 53') e Ricardo Costa (Rafael, 74'); Della Pasqua (Felipe, 82'), Fausto, Fábio Teixeira e Devigor; Banjai e Alberto.
TREINADOR: Bruno Cardoso
Marcadores: Devigor (44')
Disciplina: cartão amarelo para Carlos Alves, Rolão e Sérgio Marquês (Atlético); Fábio Teixeira, Devigor, Rafael, Fausto, Felipe e Dadinho (Louletano).