ATLÉTICO -0 REAL -0
Numa tarde de Verão, na Tapadinha, defrontaram-se duas equipas equilibradas, mas com níveis de confiança diferentes. O Real de Massamá vinha de 4 vitórias consecutivas, enquanto o nosso Atlético vinha de uma derrota na 1ª jornada desta 2ª Fase.
Toni Pereira para esta partida, jogou apenas com um ponta-de-lança: Luis Leal jogou sozinho na frente, com o apoio de David Mateus e Tuga, à esquerda e à direita, respectivamente. Filipe Martins, regressou à titularidade no eixo da defesa e Simões agora avançou para a posição de centro campista ao lado de André Mandeiro.
O jogo começou a meio-gás, ambas as equipas entraram em campo impondo um ritmo algo lento. Notava-se que o Real, procurava jogar mais no erro do adversário, tentando fazer o seu jogo pelas alas, mas... pouco conseguiu construir, com mérito para a defensiva alcantarense que conseguiu controlar todas as operações.
O Atlético também entrava receoso, as jogadas centravam-se mais pelo centro do terreno ou por tentativas de bombear a bola para a área procurando um desvio matreiro, mas a verdade é que a criatividade estava muito escassa: Com pouca lucidez e com falta de conduta de jogo, o Atlético também pouco construiu na primeira parte.
Perto dos 20 minutos de jogo, um livre perigosíssimo, em zona frontal à baliza de Janota. Com Tigas na sua conversão a atirar à baliza mas à figura, em que Janota agarrou com segurança.
O Atlético procurava encontrar um espaço na defensiva do Real, mas a sua defesa consistente, exigia mais esperteza aos nossos jogadores. Os principais lances merecedores de registo, basearam-se em assistências para a zona central do terreno, à procura de um remate frontal que levasse "selo" de golo, mas... foram sempre interceptados pela defesa.
João Martins ainda chegou a ter o golo nos pés quando surgiu sozinho na grande área de Bruno Fernandes, mas em vez do remate, acabou por se perder em fintas e perdeu a posse de bola para a equipa visitante.
Já perto do intervalo, o maior susto da partida: Um grande passe pelas costas de Rolão, coloca Hugo Rosa isolado frente ao guarda-redes, descaído para a direita, Rosa, consegue rematar à baliza, mas felizmente, embateu no poste!
O intervalo chegava pouco depois, com uma primeira parte equilibrada, mas de fraca qualidade. Esperava-se que o Atlético para o 2º tempo, viesse com uma atitude completamente diferente da que tinha apresentado até então...
De facto, a 2ª parte disputou-se com um pouco mais de velocidade, mas no entanto, manteve-se a mesma falta de criatividade em jogadas ofensivas de ambas as equipas.
O Real continua no seu jogo de contenção, e cabia ao Atlético tomar a iniciativa de jogo e abrir o activo se quisesse recuperar a diferença pontual para os primeiros classificados.
O primeiro lance desta 2ª parte pertenceu ao Real em mais um livre frontal à nossa grande área: Ailton rematou com força, mas a bola passou a uns centimentros do poste esquerdo da baliza de Janota.
Pouco depois, a grande chance para o Atlético: um contra-ataque rápido, lança Luis Leal e David Mateus na frente. Numa boa jogada de entendimento, Luis Leal faz um passe a rasgar a defesa, descobrindo David Mateus no outro lado da grande área... este com a proximidade do guarda-redes Bruno Fernandes acaba por lhe acertar na perna. Podia ter acabado com o jogo, se este lance tivesse sido concretizado.
Toni decidiu arriscar, finalmente, colocando Telmo na extrema direita, por troca de Filipe Martins que se posicionava a defesa-central, Simões baixou assim no terreno para compensar o eixo defensivo. Mais tarde, também Ivan entrou para a posição de ponta-de-lança substituindo David Mateus, que fazia uma posição móvel no eixo ofensivo.
Mas o perigo continuou em tardar em aparecer.
O Real passava agora a apostar na defesa mais avançada no terreno, tirando partido do maior numero de elementos ofensivos do Atlético para jogar no fora-de-jogo. A verdade é que esta estratégia foi conseguida e o Atlético ainda perdeu uns quantos ataques.
As ocasiões apareceram já perto do final de jogo através de pontapés de canto. Registo para o lance em que Rolão cabeceou bem mas, Bruno Fernandes conseguiu agarrar a bola numa defesa apertada. O jogo acabou pouco depois.
Uma fraca exibição das 3 equipas, já que a arbitragem também esteve muito mal na fotografia, sendo que ao mínimo toque ou pedido, o árbitro decidia intervir no jogo, tirando ainda mais qualidade à pouca que já havia em campo.
Quanto ao Atlético, pedia-se mais... Jogar na Tapadinha, com 2 trincos e apenas um ponta-de-lança móvel, demonstra falta de ambição, numa altura em que já não há nada a perder, visto a manutenção estar garantida.
Para a semana deslocamo-nos a casa do primeiro classificado, o Carregado que já conta com mais 8 pontos que nós. Esperamos mais uma vez, que seja neste jogo que regresse a garra, a atitude e o querer que o Atlético já demonstrou noutros jogos... Mas talvez já seja tarde de mais para sonhar com algo mais.
No Estádio da Tapadinha, jogaram:
Árbitro: Tiago Canário (AF Beja)
ATLÉTICO: Janota; Bruno Lucas (André Montagna, 88'), Rolão, Filipe Martins (Telmo, 68') e Mauricio; Simões, André Mandeiro e João Martins; David Mateus (Ivan, 76'), Tuga e Luis Leal
TREINADOR: Toni Pereira
REAL: Bruno Fernandes; Elves, Calado, Hugo Henrique e João Monteiro; Dino, Diogo, Tigas (Dário, 65') e Miguel Gonçalves; Hugo Rosa (Giovanni, 75') e Ailton
TREINADOR: Rui Rodrigues
Disciplina: cartão amarelo para Filipe Martins, Simões, Maurício e André Mandeiro (Atlético); Tigas e Calado (Real).