quarta-feira, 4 de março de 2009

Os 6 primeiros em análise

-O Carregado perdeu esta semana o melhor marcador da equipa e da Série D - António Alves, que apontou 11 dos 31 golos da sua equipa troca o Carregado pela cidade de Genebra, na Suíça, onde irá prosseguir com a sua actividade profissional.
«No Carregado era um futebolista amador e continuei sempre com a minha profissão, trabalhava num armazém e foi nessa área que encontrei emprego na Suíça. Tenho lá familiares que me aconselharam a oportunidade e aceitei. Vou apenas para trabalhar e para jogar», conta António Alves ao Jornal "A Bola"

-Quanto ao Lagoa, que parte na 2ª posição para esta 2ª fase, diz que o pensamento está na manutenção, já que a subida de divisão não é recomendável nesta altura para o clube.
O treinador da equipa sensação deste ano da Série D, reconhece assim, em entrevista para o Jornal "A Bola" as dificuldades do seu clube: «Já falámos com os jogadores e é evidente que vamos tentar ganhar todos os jogos, mas temos de ser realistas. O Lagoa não tem estruturas para a II Liga, nem físicas nem humanas. E ainda por cima temos salários em atraso. O nosso orçamento nem daria para inscrever uma equipa profissional».

- O Pinhalnovense, quer disputar a subida à Liga Vitalis. A equipa de Joaquim Mendes foi das mais regulares da 1ª fase, já que sempre se manteve nas 6 primeiras posições, inclusivé chegou a ocupar a 1ª posição durante algumas jornadas. Os ultimos resultados menos positivos acabaram por o relegar para a 3ª posição, apesar de se encontrar a apenas 2 pontos do primeiro lugar.
Esta equipa da margem sul é também a que mais investiu em reforços para alcançar o feito da subida. Com o plantel mais caro da série, este forte Pinhalnovense tem o seu desejo bem vincado, mas para isso terá de encontrar também a regularidade no seu reduto, já que é a equipa destes 6 primeiros que mais vezes perdeu em casa (6 derrotas) e que apresenta mais vitórias fora de portas que no seu estádio.

- Já o Real, parece estar mais animado, depois de ter aproveitado esta pausa no campeonato para recuperar 4 jogadores importantes do seu plantel para a fase que aí se avizinha. A única equipa que acabou o campeonato com 3 vitorias consecutivas pode agora contar com o guarda-redes Bruno Fernandes, o defesa-central Zorro e o avançado Giovanni. Quanto ao médio Djão ainda será novamente avaliado, mas o seu regresso também está próximo.

-O Odivelas que garantiu no domingo a manutenção na II Divisão, conta com mais um feito esta temporada. A equipa de Paulo Fonseca que até não teve um bom inicio, conseguiu recuperar a regularidade e já conta com 5 meses de invencibilidade caseira. O Odivelas apenas perdeu 1 em 11 jogos no seu terreno e o carrasco foi o Pinhalnovense à 3ª jornada, encontro que remonta a 21 de Setembro de 2008. Desde então o Odivelas sempre pontuou em sua casa, o que feitas as contas, levou o clube a terminar na 5ª posição.

Em entrevista para um jornal desportivo, o treinador apresenta assim a sua fórmula para conseguir esta regularidade caseira. «É a vantagem de termos um campo grande. A minha equipa tem uma ideia colectiva do jogo. Ter espaço é primordial. Logo, temos mais facilidades para conseguir melhores resultados», explica Paulo Fonseca, reforçando a ideia:
«Jogamos um futebol atractivo. Dá-me prazer ver evoluir estes jogadores. E, claro, a classificação que obtivemos [5º lugar] é reflexo dos jogos que fizemos em casa.»
Recorde-se que o Atlético defrontará o Odivelas, no seu estádio logo na 1ª jornada desta 2ª fase. E como apesar da regularidade, não existir equipas invencíveis, espera-se que sejamos nós o novo carrasco do mister Fonseca.

- Quanto ao nosso ATLÉTICO, a subida é ambicionada por todos. Mas se só a ambição ganhasse pontos...
Transcrevo agora uma entrevista e a respectiva crónica publicada no Jornal " A Bola":
António Pereira, ao orientar o Atlético numa vitória por 2-1 em Torres Vedras no último domingo, conseguiu garantir o sexto lugar na Série D da II Divisão, que permitiu ao clube terminar a fase regular na prova no grupo dos que irão, até ao final da época, lutar pelo título da série. Mais importante que essa perspectiva é, para o treinador, o facto de a manutenção na prova ter ficado automaticamente garantida.

«O Atlético sofreu para conseguir o que conseguiu. Quando entrei, à oitava jornada, estávamos em último, com 7 pontos. Estou muito satisfeito com os jogadores», confessa António Pereira.

Memórias de Outubro de 2006

Em Outubro de 2006, em entrevista A Bola, o treinador do Atlético, então na sua primeira passagem pelo clube de Alcântara, ficou célebre por uma passagem: «Isso de me chamarem Mourinho dos pobres é uma brincadeira dos amigos. Penso que tem a ver com o facto de perder poucas vezes.»

A alcunha, porém, pegou e ainda hoje muita gente se refere dessa forma a António Pereira.

O trabalho do treinador conta já com quatro subidas de divisão: dos distritais para a III, com o Sertanense, e da III para a II, primeiro com a Camacha, depois com o União de Rio Maior e depois ainda com o Atlético. O sexto lugar já garantido esta temporada, no entanto, tem, para António Pereira, gosto a promoção.

«Com as dificuldades que temos vivido, começando de onde comecei, poder ficar já descansado no que respeita à manutenção sabe a subida. O que falta agora são quase férias», admitiu, exagerando.

Herói que ninguém previa

Além do mau início de época, nas últimas semanas o Atlético teve de adaptar a equipa depois de perder nove jogadores por lesão. O segundo golo na referida vitória por 2-1 em Torres Vedras, por exemplo, veio de quem não se esperava.

«Golo do Filipe Ferreira, um miúdo de 18 anos, ainda júnior, que se estreou. Teve de ser chamado atendendo às lesões mas esteve à altura e contamos com ele para o futuro», elogiou António Pereira.

Faltas de respeito em análise

A assombrar os dias de alívio estão casos de indisciplina no plantel.

O treinador do Atlético não quis comentar o caso mas, segundo informações recolhidas por A Bola, dois jogadores vão ver os comportamentos revistos pela Direcção na sequência de episódios que a equipa técnica considerou indignos.

Um dos casos prende-se com faltas injustificadas a treinos e outro com um incompreensível comportamento de aplauso de um jogador do Atlético a jogadores de uma equipa adversária, atitude que caiu muito mal e soou a provocação aos treinadores.
Casos que já foram resolvidos com a direcção do clube, que adianta que não passou de um mal-entendido.